Junho Verde: ESG e o novo caminho do mercado de seguros

O Junho Verde reforça a importância da preservação ambiental, mas esse debate vai muito além da conscientização. No setor de seguros, práticas sustentáveis estão moldando uma nova lógica de avaliação e precificação de riscos. É o ESG — sigla para Environmental, Social and Governance — que vem guiando esse movimento. Mais do que um conceito, o ESG já é uma exigência prática de empresas, investidores e, agora, seguradoras.

A crise climática tem gerado impactos diretos e bilionários para o mercado segurador. Enchentes, secas, incêndios e desastres naturais se tornaram mais frequentes e intensos. Em 2023, as perdas seguradas globais por eventos climáticos extremos somaram US$ 110 bilhões, segundo dados da Swiss Re. Isso coloca o seguro em um novo papel: o de ferramenta essencial para a resiliência ambiental e financeira de empresas e indivíduos.

Diante desse cenário, surgem os seguros sustentáveis — produtos que incentivam práticas responsáveis, oferecem cobertura para riscos ambientais e beneficiam empresas com boas práticas ESG. Imóveis com certificações verdes, empresas que adotam energia limpa ou políticas sociais inclusivas, por exemplo, tendem a ter acesso facilitado e condições mais vantajosas ao contratar seguros. Mais que proteção, isso representa uma nova forma de valorizar empresas conscientes.

Integrar sustentabilidade à gestão de riscos não é mais uma escolha — é uma estratégia de sobrevivência. Para o mercado de seguros, o ESG já deixou de ser tendência e se tornou um critério decisivo. E para as empresas, aliar proteção com responsabilidade socioambiental é o caminho mais seguro e inteligente rumo ao futuro.